Livros (antiga)

Eu faço a minha
própria flecha

Prefácio – Cacique Biraci Brasil/ Nixiwaka Yawanawá

O livro de Geraldo Melo surpreende pela capacidade de observação, pela precisão do olhar, pela clareza e objetividade do relato. Ah, se todas as pessoas que tem admiração pela cultura indígena pudessem ser tão transparentes e pontuais na abordagem à nossa tradição como Geraldo conseguiu nesta história simples, sincera e inspirada. Reconhecemos, portanto, neste livro a oportunidade de transmitir a verdade do que somos e de como vivemos, distanciando-nos dos estereótipos e fantasias sobre nosso cotidiano e práticas espirituais. Esta história nos diz respeito. Esta história nos respeita.

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Fragmentos

Aqui Geraldo Melo se apresenta como um flâneur, um viajante observador que percorre cidades do mundo em busca de afinidades culturais. Percebo na sua visualidade um caráter pontual, episódico ou melhor, cada imagem desse conjunto contém seu percurso, uma história própria que se basta. Não estamos diante de uma narrativa tradicional do tipo crônica de comportamento urbano onde o conjunto sugere capítulos que apontam para um enredo. São fragmentos do mundo místico, sagrado, misterioso, sensual, geométrico e paisagístico onde a figura humana algumas vezes é cuidadosamente posicionada pelo autor sugerindo talvez a fragilidade do homem diante do imenso.

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Rio de Janeiro a Janeiro

Prefácio do Poeta e e Critico de Arte Ferreira Gullar

Cotidiano e Mágico

Ao ver pela primeira vez as fotografias de Geraldo Melo tive a sensação de estar conhecendo um modo novo de se expressar fotograficamente.

O curioso é que nas suas fotos não havia nada de estranho, nenhum propósito de chocar a quem as visse, muito embora estivessem marcadas por uma expressão muito peculiar, própria delas.

De suas fotos, a primeira a me tocar especialmente mostrava a ampla vista dos edifícios de uma cidade antiga, com altos prédios se impondo à vista do espectador. Irradiava-se deles uma expressão diferente, como um impacto indisfarçável. Esse mesmo impacto, não obstante, eu o senti ao ver outras de suas fotos, fosse uma ponte sobre um rio, uma moça atravessando um parque arborizado ou um grupo de homens em torno de uma mesa, comendo. Tudo, ao mesmo tempo, cotidiano e mágico.

No princípio pensei que essa magia decorria das cores, da originalidade que Geraldo Melo consegue imprimir ao colorido de suas fotografias. E talvez seja verdade. No entanto, ao ver uma foto em preto e branco, descobri que aquela magia não resulta apenas das cores, mas de certa áurea especial de que ele impregna as figuras que fotografa, do modo como concebe suas composições e a relação de forma e espaço, de luz e sombra, própria à sua linguagem de fotógrafo.

Referindo-se a sua arte, Melo afirmou que suas fotografias são o resultado, não apenas da técnica, mas também de uma demorada reflexão sobre o que vai fotografar.

Não tenho dúvida de que fotografias de tal qualidade não nasceriam da captação eventual das imagens.

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Todos os Santos da Bahia

Prefácio do Poeta Waly Salomão

Mirando e admirando as voluptuosas foto de Geraldo Melo não há como não constatar que estamos diante de um flagrante caso de enfeitiçamento.

A Bahia de Todos os Santos abraçou o filho pródigo com generosa fogosidade e quase o afogou nos seus líquidos amnióticos. O voluntariamente exilado retorna faminto e intenciona muito mais do que simplesmente comer com os olhos. Geraldo e Bahia. Geraldo a possui porque sabe desentranhar seus ícones mais poderosos como as baianas típicas, o elevador Lacerda, o mágico do Maciel, as raparigas da rua (Manoel da Nó) brega e o desenho do Amigo da Onça, o pescador de xaréu, o cortador de coco de Amaralina (meu felino amigo Edinho do Coco caçando ao crepúsculo), gente simples do povo. Tamanho poder de seleção e junção cinética de ícones transformam Geraldo Melo em um mestre da fusão luxuriosa. Que ginga! Sou agradecido ao fotógrafo João Bosco por ter-me revelado todos os santos da Bahia high tech, da Bahia pop pobre dos ex-votos de Geraldo Melo.

Pare e repare nas fotos de Geraldo Melo. É um canto de alta eroticidade a Salvador da Bahia de Todos os Santos. É uma simbiose fotógrafo cidade, um caso de amor incestuoso do lugar de Yemanjá por seu obsessivo e iluminado filho pródigo.

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Novos Alagados

Apoio Banco Mundial

Prefácio – Governador Paulo Souto

Esgotado